Algo estranho no ar
Eu bem sei que nem é de se dar falta, mas eu tô sumida. Não é aquela famosa crise do não ter nada pra escrever. Ao contrário, tenho pautas inúmeras. Embora eu não seja dada a escrever no blogger meu cotidiano, creio que estando fora de casa a coisa muda de figura, já há um tom de ineditismo. Vale a pena falar do que ando vendo e fazendo.
Pra começo de post adianto que concluí mais uma graduação. Agora além de graduada em comunicação com habilitação em publicidade, sou graduada em ciências sociais. Gente, um luxo! Só o predicativo continua o mesmo: desempregada. É o que eu sempre pergunto: Pra quê tanta erudição???? A resposta é óbvia: Eu não sei.
Então, finda a faculdade resolvi me presentear. Rumei com minha irmã para o extremo sul do nosso país. Mas isso foi o plano B. O plano A era ir para algum país vizinho, como o Uruguai ou Argentina, mas foi abortado porque os documentos da minha irmã estão vencidos. Ao menos o episódio me serviu para entender a necessidade do documento de identidade.
Eu adoraria escrever sobre os lugares que vi, as histórias que ouvi e até mesmo das minhas empreitadas. Mas nada é tão estimulante quanto falar da aviação civil brasileira.
Quando a aviação ficava a cargo do Estado não faltavam reclamações. Contudo, as reclamações eram direcionadas para um órgão específico e as providências com vistas à melhoria eram cobradas e acompanhadas. Sem contar a aeronáutica que para além do que as pessoas percebem como segurança nacional, cuidavam da segurança civil. Ou seja, se responsabilizavam pelas condições das aeronaves e da infraestrutura para vôos. Agora o mundo é outro! Estamos na era das agências. Bem vindos à Agência Nacional de Aviação Civil.
O acesso a serviços aéreos até meados dos anos 90 era quase que restrito à classe média alta e superiores. Com as privatizações, o sucateamento das estruturas, a falência de empresas e de modo amplo as reengenharias e modificações no conceito de estrutura aeroviária, a ampliação do acesso às viagens aéreas para um percentual maior da população veio colada a uma queda vertiginosa na qualidade dos serviços, com grande peso à segurança. Tudo em prol de abranger uma demanda maior sem comprometer a lucratividade. O resultado desse processo toda e qualquer pessoa consegue acompanhar pela sucessão de acidentes e desastres aéreos. Eles não são casos isolados, eles não são por acaso, e, infelizmente, não irão diminuir.
Toda essa truncada introdução é apenas no intuito de parodiar os procedimentos e instruções de vôo. Sinceramente eu tenho pena das aeromoças e dos comissários castigados por aquele misancene. No momento de descontração do vôo eles nos oferecem vexatórias barras de cereais, uma embalagem de amendoim, regados com refrigerante, suco ou água, tal e qual nos oferecessem uma refeição levemente requintada, seguida de aperitivos como castanhas ou pistache, tudo regado a bebidas nobres. Foi-se o tempo!
Tenho um hábito masoquista de viajar próxima da asa. De lá consigo observar a desgraça de perto. A primeira delas é a instrução logo próxima do corpo da aeronave, em duas línguas: Não pise / no step. Deixa comigo! Não piso mesmo. Fora isso adoro os movimentos múltiplos daquela engrenagem. O movimento me permite verificar o estado de conservação da nave. E vos adianto que em caso de acidentes, no que depender da asa, se não morrermos no impacto, o tétano é infalível. Só ferrugem! Aliás, em matéria de ferrugem, as asas de qualquer avião dão baile na maioria dos pára-choques de fusca, variante, opala, brasília, del rey ou belina.
E o mais prosaico são as instruções antes do vôo. Enquanto a comissária faz o teatrinho de que em caso de despressurização máscaras de oxigênio caem sobre os assentos e que instruções de emergência se encontram num folheto atrás de cada uma das poltronas eu visualizo algo bem mais condizente. Penso que em caso de despressurização crucifixos deveriam cair sobre os assentos, e que atrás das poltronas deveria ter um folheto com um padre nosso e uma ave maria. E caso algum passageiro menos ilustrado e mais religioso saiba rezar um credo, que se apresente à aeromoça e o faça a plenos pulmões em graça a toda tripulação. Bom vôo!
Pra começo de post adianto que concluí mais uma graduação. Agora além de graduada em comunicação com habilitação em publicidade, sou graduada em ciências sociais. Gente, um luxo! Só o predicativo continua o mesmo: desempregada. É o que eu sempre pergunto: Pra quê tanta erudição???? A resposta é óbvia: Eu não sei.
Então, finda a faculdade resolvi me presentear. Rumei com minha irmã para o extremo sul do nosso país. Mas isso foi o plano B. O plano A era ir para algum país vizinho, como o Uruguai ou Argentina, mas foi abortado porque os documentos da minha irmã estão vencidos. Ao menos o episódio me serviu para entender a necessidade do documento de identidade.
Eu adoraria escrever sobre os lugares que vi, as histórias que ouvi e até mesmo das minhas empreitadas. Mas nada é tão estimulante quanto falar da aviação civil brasileira.
Quando a aviação ficava a cargo do Estado não faltavam reclamações. Contudo, as reclamações eram direcionadas para um órgão específico e as providências com vistas à melhoria eram cobradas e acompanhadas. Sem contar a aeronáutica que para além do que as pessoas percebem como segurança nacional, cuidavam da segurança civil. Ou seja, se responsabilizavam pelas condições das aeronaves e da infraestrutura para vôos. Agora o mundo é outro! Estamos na era das agências. Bem vindos à Agência Nacional de Aviação Civil.
O acesso a serviços aéreos até meados dos anos 90 era quase que restrito à classe média alta e superiores. Com as privatizações, o sucateamento das estruturas, a falência de empresas e de modo amplo as reengenharias e modificações no conceito de estrutura aeroviária, a ampliação do acesso às viagens aéreas para um percentual maior da população veio colada a uma queda vertiginosa na qualidade dos serviços, com grande peso à segurança. Tudo em prol de abranger uma demanda maior sem comprometer a lucratividade. O resultado desse processo toda e qualquer pessoa consegue acompanhar pela sucessão de acidentes e desastres aéreos. Eles não são casos isolados, eles não são por acaso, e, infelizmente, não irão diminuir.
Toda essa truncada introdução é apenas no intuito de parodiar os procedimentos e instruções de vôo. Sinceramente eu tenho pena das aeromoças e dos comissários castigados por aquele misancene. No momento de descontração do vôo eles nos oferecem vexatórias barras de cereais, uma embalagem de amendoim, regados com refrigerante, suco ou água, tal e qual nos oferecessem uma refeição levemente requintada, seguida de aperitivos como castanhas ou pistache, tudo regado a bebidas nobres. Foi-se o tempo!
Tenho um hábito masoquista de viajar próxima da asa. De lá consigo observar a desgraça de perto. A primeira delas é a instrução logo próxima do corpo da aeronave, em duas línguas: Não pise / no step. Deixa comigo! Não piso mesmo. Fora isso adoro os movimentos múltiplos daquela engrenagem. O movimento me permite verificar o estado de conservação da nave. E vos adianto que em caso de acidentes, no que depender da asa, se não morrermos no impacto, o tétano é infalível. Só ferrugem! Aliás, em matéria de ferrugem, as asas de qualquer avião dão baile na maioria dos pára-choques de fusca, variante, opala, brasília, del rey ou belina.
E o mais prosaico são as instruções antes do vôo. Enquanto a comissária faz o teatrinho de que em caso de despressurização máscaras de oxigênio caem sobre os assentos e que instruções de emergência se encontram num folheto atrás de cada uma das poltronas eu visualizo algo bem mais condizente. Penso que em caso de despressurização crucifixos deveriam cair sobre os assentos, e que atrás das poltronas deveria ter um folheto com um padre nosso e uma ave maria. E caso algum passageiro menos ilustrado e mais religioso saiba rezar um credo, que se apresente à aeromoça e o faça a plenos pulmões em graça a toda tripulação. Bom vôo!
Comentários
por isso hoje mesmo vim deixar um cheiro virtual...
parabéns pela graduação viu!
Eu ainda tô tão longe disso, mas tenho emprego... pra você vê como são as coisas!
Quer morar no Acre? manda o currículo! heheheh. Aqui devem contratar! sério!
hahahaha
então... tudo de bom na volta à vida virtual e real!
Decepções, tive uma braba mas tenho aprendido a viver! Orgulho: tô fora!!!
BEIJOSSSSS
meu amor partiu de volta pra cidade onde mora: Recife! Longe pra KCT... tô em pedaços!!!
mas vivendo!
beijos!
e como diria Leo Jaime, já na década de oitenta, "pra ser desempregado não precisa estudar"...
quanto aos aviões, a tendência é piorar...
e pensar que a profissão de aeromoça já foi tão glamorosa...
E um bjooooooooooo!!!!!!!!!
Eu ainda tô no terceiro de ano de Direito, mas confesso que estou meio desiludida com o curso... Ah, sei lá, tdo tem os seus momentos... hehe...=)
Bjus!
Bjus e bom domingo!=)
Gostei do teu blog.
Maurizio
Adorei o blog! E, acho que vão curtir esse aqui também:
http://tdpersonalizado.blogspot.com
É tão fofu!
Beijos
belos textos.
sempre voltarei agora o/
e sobre o post,
é verdade.
depois das quedas dos aviões da TAM em são paulo e da RICCO aqui, eu marco meus compromissos com bem antecedência.
pra dar tempo do ônibus chegar sabe..
beijo aee ;]
Já tem muuuito tempo que não ando de avião. Eu era criança ainda na última vez que fiz isso.
Mas sabe, depois de ler esse seu texto, não vejo problema algum nisso.
Melhor pegar um busão. Hahaha.
Beeijo!