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Mostrando postagens de março, 2014

Azul é a cor mais quente, verde e amarelo as mais boçais

Finalmente assisti o tão comentado filme "Azul é a cor mais quente". Vi muitos comentários, repercussões e até polêmicas sobre o filme. Algumas coisas compreendi, concordando ou não. Outras me pareceram nada plausíveis, não alcancei. Para início de assunto, a notícia mais inconcebível é a de que empresas brasileiras teriam se negado a produzir o blu-ray, por considerar o conteúdo inadequado por conta das cenas de sexo, a despeito do filme ter sido classificado para maiores de 18 anos. A recusa quanto a produzir o blu-ray poderia ser a mais variada possível, desde pouco interessante para o mercado ou até a baixa qualidade das imagens, qualquer coisa técnica. Definitivamente, eu discordaria dos argumentos que sugeri, mas eu compreenderia. Mas o critério de inadequação do conteúdo em virtude de cenas de sexo é um acinte do ponto de vista artístico, cultural e político. Sobre o filme em si, Palma de Ouro foi uma premiação mecerida. A história é eficiente com o desfecho "vida

Como manda a cartilha

Ela estava impecável. Cabelos curtos e laqueados, batom combinando com o tom da pele, e nas orelhas um singelo brinco de pérola. Vestia calça preta e uma blusa cor de carne suavemente decotada. Apesar de uma certa idade, pegou o celular na bolsa e o manejou com a mesma desenvoltura de um adolescente. Após fartar-se da traquitana, ligou para alguém e ao ser atendida disse: Amor, daqui uns cinco min utos estou chegando. Desligou, vasculhou na bolsa umas pastilhas pra refrescar o hálito e partiu pra ser feliz. Essa cena eu não inventei, vi. E tudo o mais que eu não vi a minha mente é capaz de imaginar. E foi reparando nessa senhora que pensei como eram tolas as cartilhas que continham frases como Ïvo viu a uva". A atualidade pede que tal frase seja adaptada para algo como "Vovó é viúva e viva". Beijo para as vovós!