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Mostrando postagens de novembro, 2007

Lembranças Molhadas da Infância

A frequência dos leitores não está diretamente relacionada com a minha disposição para escrever. Por ora isso muito me favorece!Não me ofende escrever pra ninguém ler. Estaria mesmo perdida caso me desse a esse trabalho. Enfim, me inspiram os dias chuvosos. Ontem eu estava lembrando da infância. Falo isso como se fosse uma grande novidade, algo extraordinário eu lembrar da infância. Criatura saudosa sou eu. Pois bem, dias chuvosos parecem inibir as brincadeiras. Mera e equivocada impressão. São nesses dias que as brincadeiras precisam ser mais sofisticadas, arguciosas e que explorem os limites.Nem que seja apenas o do bom senso. A bem da verdade todas as brincadeiras de infância são atividades cruéis que testam limites. Choveu. O que fazer? Morando num condomínio, com prédios de 14 andares, a pergunta nem tem sentido, tão óbvias que são as possibilidades. A primeira é pegar o elevador, escolher um andar, um apartamento, tocar a campainha, voltar para o elevador e sumir. Bom mesmo é ter

Badaladas e Badalações

Coisa boa é dispor de tempo para prestigiar a alma com cultura. E isso foi bem o que me foi proporcionado ontem. Não imaginam como é bom poder flanar pelas ruas do centro da cidade, e encontrar nos lugares que menos se espera eventos que muito têm a ver com você. Direto ao ponto, ontem conheci um espaço cultural, da Caixa econômica, bem próximo a faculdade. E nele estava em cartaz uma mostra de cinema etnográfico. Nada mais propício a um antropólogo.Primeiro de tudo, o local em si dá uma etnografia. As criaturas que frequentam esses espaços privilegiados têm peculiaridades visuais. Qualquer detalhe nelas destoa em comparação aos supostos comuns que compõem a massa da população. A primeira coisa que cai por terra num local desses é uma revista de moda. Todos estão out, seja das roupas e acessórios em voga, seja das cores da estação. Há o movimento "retrô", "vanguarda", o movimento "moda sou eu" e, o mais ousados de todos, o movimento “caguei para a estética

Turbilhão temático: Quero ver quem encara

O blogger não acabou, não fechou, não morreu.Talvez a empolgação de escrever minhas insanidades tenha dado uma desacelerada vertiginosa. Talvez o empenho dos quatro assíduos leitores não esteja sendo levado muito em consideração enquanto estímulo. Posso pensar em uma gama de motivos, uns mais uns menos plausíveis, para justificar o abandono, a desatualização desse espaço. Só o que eu não posso é dizer que não atualizo por falta de assunto. São tantos e diversos assuntos para escrever que, tento que escolher entre uns e outros eu escolho nenhum. É uma escolha difícil, não subestimem. Pensei em escrever um conto ou crônica tendo como pano de fundo a doação de órgãos. Cheguei a escrever, mas ao meu ver ele ficou pendendo ora para o clichê, ora para a falta de tato em lidar com assunto tão sério e delicado. Meus eufemismos, deboches e grosserias não se alinham muito a algumas causas específicas. Um dia tentarei ajustar esse conto. Por falar em falta de tato, a violência é sempre um tem