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Mostrando postagens de dezembro, 2008

A cultura da intrusão

Se há algo que me incomoda, definitivamente, é o intrometimento. Por mais que se diga que nas grandes metrópoles as pessoas são impessoais e individuais, tudo isso não passa de conversa. O intrometimento e controle não são tão rigorosos quanto em quaisquer cidades pequenas, porém nas metrópoles são muitíssimo sofisticado, camuflado. Duvida? Você precisa comprar um sutiã, peça bem íntima. No caso você deseja uma peça bem ousada, pra uma noite “caliente”. Você vai até uma loja de “moda íntima” (eu chamaria de loja de calcinhas, simplesmente. Mas aprendi em Friburgo que há um termo elegante pra coisa), circula e a atendente vem cheia de interesse. Esse interesse deveria ser o de vender, mas logo ela demonstra que esse é secundário. Ela pergunta se pode ajudar e você explica que quer um sutiã, de renda, vermelho. A primeira intromissão é perguntar pra quem é. De fato não interessa, já que você pode ter em mente o tamanho e isso basta. Tudo bem, você diz que é pra você. A segunda é pergunt