A autenticidade de "Cópia Fiel"
O cineasta iraniano Abbas Kiarostami permanece. Na sua mais recente produção, “Cópia fiel”, passa uma demão no que ouso dizer ser o supra-sumo de sua obra: a busca. Sua poética se distancia do clichê ocidental do bem e do mal. E suas produções não se encerram ao conclusivo e moral. E o preço de sua originalidade, ou heterodoxia, é se positivo a incompreensão, e se realista a intolerância. Em “Cópia Fiél” o diretor ensaia um debate filosófico que deixa fluir um pouco do que o afeta de sua formação em Belas Artes. O personagem James Miller, interpretado por Willian Shimmel, escreve um livro que enaltece a cópia de arte. Entretanto, em conversa com Elle, interpretada por Juliette Binoche, assume que sua posição expressa no livro é menos o que pensava, e mais o que gostaria de pensar, ou seja, escreveu para convencer a si e aos outros. E entre o original e a cópia há introduções instigantes para pensar a arte entremeando com posturas e ações do cotidiano. De Jasper Johns a Andy Warhol a po...