Francis Ha
O cinema faz sonhar. E o que dizer do cinema que retrata a
vida de quem sonha? Este é o caso de Francis Ha, uma jovem que sonha enquanto
vive, ou vive enquanto sonha. Seu desejo é levar a vida dançando e dividir
apartamento indeterminadamente com uma amiga.
Dos tropeços de Francis, dança abaixo da graça e eficiência
de um profissional e confia que a afinidade com a amiga se sobrepõe aos casos amorosos.
Conforme a vida segue, os sonhos vão ruindo. E o trunfo de Francis é a
capacidade de projetar seus sonhos para os amigos e familiares enquanto amarga
uma dura realidade.
O essência do filme é juntar em uma personagem um pouco do que habita em todos nós e nos lança no mundo, devidamente salpicado com o que na modernidade nos aflige. E no hiato entre as expectativas e a realidade Francis
amadurece, contudo, sem perder o charme naïf, que pela poesia do diretor vai
criar o título do filme.
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