Dispositivos fotográficos X Cérebro humano



Muito sinceramente acho ótimo o prazer, o entusiasmo e a alegria que as pessoas têm em tirar fotos. E vez por outra me perguntam qual o melhor celular, a melhor máquina, a melhor lente e enfim, o equipamento, o dispositivo ideal para tirar fotos incríveis.

Minha resposta a essa questão constante é "rude", no meu típico sincericídio. Esclareço que a tecnologia avança à vontade, mas nada substitui um cérebro. Em outros termos, o dispositivo pode ser ótimo, mas fundamental mesmo é nos capacitarmos para tirar o melhor proveito que ele possa oferecer.

A lei do menor esforço exige o equipamento mais avançado e financeiramente inacessível para aquela atuação medíocre e resultado impactante. Não sabendo exatamente o que quer transmitir, mira sabe-se lá o quê, dá um clique e verifica se ficou legal. Se está bom, tá bom. Se não está bom, apaga. Se a sorte for grande, publica e já garantiu umas curtidas. Mas pra se garantir que qualquer foto é boa, a qualidade da lente e equipamento definitivamente serão os elementos diferenciais. Fotografia anda sendo, mas não precisa ser só assim!

Quer tirar boas fotos? Estuda! Há um sem número de elementos na fotografia e de recursos nos seus equipamentos que quando bem usados tornam as imagens primorosas. E quanto mais você conhece um equipamento maiores são as suas elaborações para enquadramento, composição de elementos e cores, luz, sombras, forma, movimento e, enfim, sofisticando sua construção de um discurso pela imagem.

O equipamento avançado é incrível sim, hiper cobiçado e com promessas absurdas de resultados incríveis. Mas aquele equipamento "antigo" também tem muito valor, não merece ser descartado. Um equipamento atual não pode ser a medida da inabilidade, tampouco o antigo ser a síntese do inútil. Afinal, é doloroso testemunhar a tecnologia avançando e a capacidade criadora do ser humano se esvaindo.  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tirania, autoritarismo ou despotismo

Corremos para os braços de Morpheu

Se evolui, o quanto me influi?