Assisti Clube da Luta, Vinicius


Nos idos de 1999, estudando na FACHA, eu ia e voltava pra Niterói com Vinicius. Ele era ótimo de papo, hiper agradável, antenado sobre publicidade, música e cinema, hábil em produção visual. Sacava tudo dos programas mais tops para edição de imagens e fazia até estágio ou monitoria, não sei ao certo, no laboratório de informática da faculdade. Ele era tão fera que criava fontes. Olha que coisa específica, em 1999 me deparei com uma  pessoa que criava fontes. E ele me mostrou algumas das fontes que estava desenvolvendo e outras prontas. Uma das prontas foi usada no cartaz brasileiro do filme Clube da Luta. Eu fiquei muito impressionada e um pouco envergonhada. Impressionada porque o filme foi uma sensação, super divulgado, e envergonhada porque eu não tinha assistido. E eu precisava assistir!

Essa semana lembrei disso. Sim, sou dessas que têm memória de elefante e lembro de coisas de 20 anos atrás como se tivesse ocorrido ontem. Isso é uma espécie de bomba na fronteira, que pode explodir para o bem ou para o mal. Mas voltando, pensei que deveria ver o filme pra prestigiar Vinicius, mesmo sem ter ideia do paradeiro dele nessa vida. Enfim, escolhi o filme e dei play. Não sei quanto tempo se passou, mas dei pause. Outro dia dei play pra continuar e sem acabar novamente dei pause. Resumindo, demorei três dias para conseguir ver o filme. Três dias! E o filme é bom, os atores são incríveis, tem uma proposta estética. Mas eu tenho dificuldade de assistir cenas violentas. Nem sempre funciona colocar a afetação na conta de um produto cultural, na conta de um lazer, na conta de alguma artificialidade. Me esforcei! E ultrapassando essa barreira pensada e estrategicamente empregada para dar efeito à narrativa, o filme é ótimo. Aliás, com boa vontade posso até ter ele na linha dos clássicos. Digo clássico não por ser velho, mas por ter a qualidade de estar sempre atual.

Pois bem, Vinicius, assisti o filme. A fonte rosa no sabão é harmônica e eloquente, tem sua cara: discreta, elegante e sagaz.

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