É bom encontrar / É bom guardar
Felizmente o frenesi da leitura bateu em mim. Eu já estava farta, me achando uma rude por não ter paciência pra ler dez páginas que fossem. Claro, por obrigação acabo lendo muito mais do que isso, mas falo ler espontaneamente. Enfim, combati a distância das leituras com um remédio perfeito: li um bom livro.
Os livros são como as pessoas. Têm capa, orelha com promessas, e conteúdo. O conteúdo e a forma como é construído muda. A capa pode ser discreta ou bastante vistosa. A orelha pode conter informações fidedignas ou falsas. Porém, o balanço desses fatores, para o bem ou para o mal, vezes agrada a uns mais do que a outros, agrada a poucos, e há até os que agradam a quase todos, eis um balanço precioso.
Acredito então que encontrei uma pessoa encantadora, ou seja, um livro que me seduziu. Me fez ler cada uma de suas linhas, parágrafos e páginas avidamente. Não podia ter uns minutos livres e já pensava nele, em tudo o que poderia ter pra me dizer num próximo encontro. Olhava para a capa e suspirava. Sim, a capa faz parte do encantamento. Conforme lia eu sorria. Alguns trechos do que eu lia, não contente de internalizar, eu ainda dividia com alguns pacientes ouvidos que estivessem à disposição. Não nos basta gostar, precisamos de afirmação do nosso gosto.
E assim foram duzentas e tantas páginas. Ficam as imagens, as palavras, os assuntos, as lembranças e um suave gostinho de quero mais. Foi uma relação intensa, de três dias, com muito prazer e nenhuma culpa. Eis uma suposta diferença das relações que temos com pessoas. Finda a leitura, o livro vai para uma estante, aguardar que o tempo o torne novidade. Acho que, assim como fazemos com livros, guardamos muitas pessoas na estante.
Os livros são como as pessoas. Têm capa, orelha com promessas, e conteúdo. O conteúdo e a forma como é construído muda. A capa pode ser discreta ou bastante vistosa. A orelha pode conter informações fidedignas ou falsas. Porém, o balanço desses fatores, para o bem ou para o mal, vezes agrada a uns mais do que a outros, agrada a poucos, e há até os que agradam a quase todos, eis um balanço precioso.
Acredito então que encontrei uma pessoa encantadora, ou seja, um livro que me seduziu. Me fez ler cada uma de suas linhas, parágrafos e páginas avidamente. Não podia ter uns minutos livres e já pensava nele, em tudo o que poderia ter pra me dizer num próximo encontro. Olhava para a capa e suspirava. Sim, a capa faz parte do encantamento. Conforme lia eu sorria. Alguns trechos do que eu lia, não contente de internalizar, eu ainda dividia com alguns pacientes ouvidos que estivessem à disposição. Não nos basta gostar, precisamos de afirmação do nosso gosto.
E assim foram duzentas e tantas páginas. Ficam as imagens, as palavras, os assuntos, as lembranças e um suave gostinho de quero mais. Foi uma relação intensa, de três dias, com muito prazer e nenhuma culpa. Eis uma suposta diferença das relações que temos com pessoas. Finda a leitura, o livro vai para uma estante, aguardar que o tempo o torne novidade. Acho que, assim como fazemos com livros, guardamos muitas pessoas na estante.
Comentários
tomara que essa fase passe logo... e que vc n suma mais! :)
Eu calculava que alguém iria perguntar pelo omitido. Só não imaginava que você você.
Certamente pra me entreter tanto trata-se de um livro visceral, imundo, corrosivo, que apela para todas as mazelas humanas, vícios e ao mesmo tempo poético. Li "O insaciável homem aranha", de Pedro Juan Gutierrez, o mesmo autor de "Trilogia Suja de Havana", também um livro espetacular.
pensei a mesma coisa esses tempos, poxa tanta coisa pra ler e nada de me dedicar até que devido ao ócio do trabalho (demanda), decidi que ia ler uma livro por semana. E estou no 4º livro em 4 semanas heheh. E tá funcionando, cada minuto livre páginas a virar.
bom né? beijos