Meu discurso sobre "O discurso do rei"
É difícil para um inglês não pensar na monarquia. Eis que Tom Hopper investe numa sensível história que confere ainda mais simpatia à Corte Britânica. Trata-se da história de superação protagonizada pelo rei George.
Gago desde os quatro anos, George enfrenta enormes dificuldades em se pronunciar em público, tarefa importante e constante para o exercício da monarquia. Recorre a todo tipo de ajuda para resolver seu problema, mas nada surte grande efeito. Sua esposa o recomenda a um sujeito com técnicas nada ortodoxas de cura dos problemas da fala.
George inicia então um tratamento com Lionel, mesmo bastante reticente em relação aos métodos empregados. O primeiro desconforto foi pela quebra da hierarquia, quando Lionel o chama pelo primeiro nome ao invés de reverenciá-lo. Posteriormente a desconfiança recai na dualidade entre a prática e a razão, pois embora Lionel tenha curado os problemas da fala de algumas pessoas, ele não possui diploma ou qualquer curso formal que o legitime enquanto profissional.
Outra investida é entre a razão e a emoção se dá quando o irmão de George, então candidato ao trono, decide casar-se com uma mulher divorciada. George é firme com o irmão apontando as responsabilidades e regras para ser coroado. O irmão abdica e George assume o trono.
Passando para os aspectos mais técnicos da produção, tudo paira numa iluminação sépia que escapa para o ciano. Os movimentos de câmera são firmes, exatos, e sempre no mesmo time, quase que em marcha. As atuações são primorosas, sobretudo a de Geoffrey Rush interpretando o exótico Lionel. Mas o reconhecimento foi para Colin Firth, interpretando o rei George, que conseguiu o Oscar de melhor ator.
Cabe por fim destacar a pesquisa de arte, recriando a Inglaterra de 1936 sem caricaturar ou cometer erros. Arte discreta, correta e eficiente, de modo a passar despercebida.
Gago desde os quatro anos, George enfrenta enormes dificuldades em se pronunciar em público, tarefa importante e constante para o exercício da monarquia. Recorre a todo tipo de ajuda para resolver seu problema, mas nada surte grande efeito. Sua esposa o recomenda a um sujeito com técnicas nada ortodoxas de cura dos problemas da fala.
George inicia então um tratamento com Lionel, mesmo bastante reticente em relação aos métodos empregados. O primeiro desconforto foi pela quebra da hierarquia, quando Lionel o chama pelo primeiro nome ao invés de reverenciá-lo. Posteriormente a desconfiança recai na dualidade entre a prática e a razão, pois embora Lionel tenha curado os problemas da fala de algumas pessoas, ele não possui diploma ou qualquer curso formal que o legitime enquanto profissional.
Outra investida é entre a razão e a emoção se dá quando o irmão de George, então candidato ao trono, decide casar-se com uma mulher divorciada. George é firme com o irmão apontando as responsabilidades e regras para ser coroado. O irmão abdica e George assume o trono.
Passando para os aspectos mais técnicos da produção, tudo paira numa iluminação sépia que escapa para o ciano. Os movimentos de câmera são firmes, exatos, e sempre no mesmo time, quase que em marcha. As atuações são primorosas, sobretudo a de Geoffrey Rush interpretando o exótico Lionel. Mas o reconhecimento foi para Colin Firth, interpretando o rei George, que conseguiu o Oscar de melhor ator.
Cabe por fim destacar a pesquisa de arte, recriando a Inglaterra de 1936 sem caricaturar ou cometer erros. Arte discreta, correta e eficiente, de modo a passar despercebida.
Comentários
Talvez por ter outros a disposição que considere mais interessantes. Sobre o Colin, gosto dele, é uma pena que sua atuação é praticamente de um mesmo personagem.
Isso, já não gosto.
O que me encanta muito, é apreender um ator outrora conhecido, em um papel totalmente diferente.
Não que eu queira ver um ator sempre criando novos personagens, mas quero vê-lo enquanto ator. Sem precisar associa-lo a algum outro personagem seu.
Bjocas pra você, mulher.
K.
Bjs no coração!